CRÍTICA THE BATMAN (2022)
Batman (2022), filme dirigido por Matt Reeves e estrelado por Robert Pattinson (Bruce Wayne), Zoë Kravitz (Selina Kyle), Paul Dano (Charada), Colin Farrel (Pinguim), Andy Serkis (Alfred Pennyworth) - entre outros -, chegou aos cinemas na quinta feira (3 de março).
Sendo a segunda maior estreia na pandemia o longa conta com quase 3 horas de duração, com muita ação e uma investigação um tanto quanto instigante.
Trazendo uma ambientação gótica, que retrata quase como a infelicidade da cidade de Gotham, o filme não perde esse ar melancólico em momento nenhum, com um Bruce Wayne muito mais recluso e que passa boa parte do filme com o traje de Batman.
Ao contrário de outros longas da DC que a ambientação é escura a nível que atrapalha o telespectador a entender a cena, Batman não, mas sim conta com uma direção muito boa, deixando em uma cena ou outra de ação a desejar - e em determinadas cenas de ação eu gostaria de ter visto mais precisão, além de algumas cenas que a iluminação parece estourada.
O longa traz também nas entrelinhas uma crítica a diferença de classes, colocando o protagonista em frente ao antagonista, que por causa da diferença de classe - mesmo tendo passado pelas mesmas coisas - são julgados de formas diferentes, sendo o classe baixa sempre marginalizado e deixado de lado pela sociedade.
No geral o filme conta com boas atuações, apresentando na minha opinião o Bruce Wayne que o cinema merece e uma Selina Kyle também - como se a atriz realmente tivesse nascido para o papel -, cenas de ações excelentes e uma humanização necessária do herói, mostrando medo e angústia em determinados momentos e mostrando de fato o seu crescimento.
Mesmo o Batman já sendo uma figura conhecida na cidade e quando presente em cena se impor de alguma forma, ele é um herói que erra e que teme também.
Colocando Bruce Wayne em frente aos demônios de seu passado e conhecendo sua família, isso de certa forma fragilizou nosso protagonista que a partir disso vemos uma mudança em sua postura.
Com uma narração ao fundo no início do filme e depois somente no final, deixou o filme envolvente e atraente em algumas cenas que a olho nu talvez passassem batido, o que me leva a pensar que se essa narração durasse durante todo o filme seria um diferencial positivo.
Tudo nesse filme é entrelaçado, desde o Charada, a corrupção da cidade, a boate onde Selina trabalha, e mais. O filme não se perde, não deixa nada no ar, porque no final tudo se encaixa e podemos ver todo o quebra cabeça montado.
A duração do filme é algo que me incomodou um pouco, quase me dando a impressão que de uma cena ou outra encaixaria bem como um final de episódio, visando o filme como uma série montada. Mesmo assim o filme corre bem, tendo uma ou outra determinada cena que eu vi como uma barriga em meio ao filme.
Em uma cena após Charada ser pego e estar no Asilo Arkham podemos ver ele conversando com alguém que não é revelado mas que podemos interpretar como o Coringa desse universo, sendo interpretado por Barry Keoghan, deixando essa ponta que pode ser usada para a sequência que já foi confirmada.
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